Artes e Ofícios

breve referência,

Em Palmela, as artes e ofícios tradicionais foram, outrora, a única forma de produção existente, e o artesanato encontrava-se ligado às necessidades, costumes, sentimentos, normas e valores.Em Palmela, a oferta artesanal é diversificada, das miniaturas de alfaias agrícolas à olaria; da azulejaria e cerâmica artística ao trabalho em cobre, latão e ferro; da cestaria à tecelagem; da confeção de bonecos de pano à gravura em madeira. Trabalhos de amor e dedicação que honram tradições ancestrais.

A dois passos de Palmela, vila de arte por excelência, e apenas a trinta e oito quilómetros de Lisboa, encontra o visitante o Centro Fortuna Artes e Ofícios. Nascendo de um sonho de Sebastião Matos Fortuna, poeta encantado com as evidências que os olhos por norma não sabem ver. O Espaço Fortuna, tornou-se real desde 1983 da ideia de formar uma oficina escola de Profissões tradicionais, e instalá-la num monte com arquitectura regional. Monte que foi crescendo à custa de pedras de cantaria e outros materiais recolhidos de demolições em vários locais do país.
De arquitectura popular regional, amplo, alegre, bem dimensionado e com profissionais de boa craveira trabalhando á vista de quem procura ver o modo de fazer as coisas, depressa se tornou no segundo local mais visitado do concelho de Palmela e de oficina escola passou a centro de cultura de artes e ofícios. Recentemente o Espaço Fortuna foi adquirido pela C.M.P. (Câmara Municipal de Palmela) e pela ADREPES (Associação de Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal) que em conjunto pretendem aqui desenvolver três grandes áreas de actividade CERÂMICA, CULTURA  e TURISMO.

Museu do Trabalho Michel Giacometti
Antiga Fábrica de Conservas

Inaugurado em 1995, este museu aproveitou as instalações, devolutas desde 1971, da antiga fábrica conserveira de Perienes, no Bairro das Fontaínhas.
Totalmente remodeladas e adaptadas às suas novas funções, as instalações passaram a incluir, para além do espaço museológico propriamente dito, um restaurante panorâmico,
auditório, centro de estudos, oficinas de atividades tradicionais, loja e galerias de exposições temporárias. O museu conta com cinco pisos interligados internamente por um elevador
panorâmico.
A escolha da antiga fábrica para instalar o museu foi óbvia, já que com este se pretendia preservar a memória etnográfica da atividade que mais profundamente marcou a cidade:
a indústria conserveira. Tendo acolhido a vasta coleção etnográfica reunida por Michel Giacometti, o museu possui um notável acervo que reúne peças relativas à indústria tradicional,
à pesca, às atividades agropastoris  e aos diversos ofícios. No piso térreo, no espaço original da fábrica, documenta-se o modo de produção das conservas de peixe, desde a preparação do pescado
à esterilização e embalagem, englobando esta última fase as atividades complementares da da latoaria e litografia.
No primeiro andar, encontra-se exposta parte da coleção Giacometti. Ainda neste piso, esncontram-se as salas/ateliês das rendas de bilros e a galeria de exposições temporárias.

Pelo seu projecto inovador o museu, criado pela câmara municipal, ganhou, logo no ano da sua fundação, o prémio da Associação Portuguesa de Museologia.


Feiras:

Feira do Monte
1.º fim de semana de Setembro.
Remonta ao séc. XVI e realizava-se em torno da antiga igreja de Nossa Senhora do Monte, no dia das festividades em honra da padroeira.
Atualmente, realiza-se no Pavilhão Municipal de Feiras e Exposições, em Santiago do Cacém.
Além da tradicional feira ao ar livre, das atividades de animação e dos espetáculos musicais, a feira exibe diversos expositores ligados ao artesanato, gastronomia e turismo, entre outros.

Santiagro
Feira agropecuária realizada em maio
Quase a garantir três décadas de existência é considerada a maior e melhor feira de atividades económicas do Litoral Alentejano.
Alicerçada na agropecuária, esta  feira é amplamente conhecida pela sua vitalidade e dinâmica.
Conhecida e marcada pelos seus concertos, de qualidade e com nomes de referência do panorama da música nacional, pelos restaurantes típicos e tasquinhas que, como sempre, farão as delícias dos visitantes, pela  promoção do cavalo e das suas atividades correlacionadas, como a gala e o batismo equestres.
Durante a feira, decorrem também encontros sobre temáticas agrícolas, pecuárias e silvícolas. É de salientar ainda a tenda multiusos, espaço onde são apresentados os vinhos e os produtos locais e regionais, sobretudo direcionada  para a gastronomia.