Património Histórico/Cultural

Descrito:
- Farol do cabo Espichel;
- Castelo de Sesimbra;
- Forte de Santiago de Sesimbra;

- Forte de São Teodósio;
- Castelo de Palmela;
- Forte de São Filipe de Setúbal;

Farol do cabo Espichel
Situado no ponto mais proeminente do cabo de Espichel, concelho de Sesimbra, distrito de Setúbal. Este cabo é o que mais penetra no Oceano Atlântico, com altitude de 168 metros, ergue-se este farol setecentista. Construído no reinado de D. Maria I (1790), sendo o sexto mais antigo do pais. Teve inicialmente 17 candeeiros de Argand (a azeite), substituídos em 1886, por um sistema alimentado  a petróleo e em 1926 por lâmpadas eléctricas. Em 1947 instalou-se uma óptica girante com um alcance luminoso de 26 milhas. Actualmente o Farol está actualmente automatizado e em caso de falhas apresenta  um sistema alternativo também este autónomo. Arquitétonicamente a torre do Farol com 32 m é hexagonal dividida por cornijas em três registos, os seis alçados, estão separados por cunhais denticulados formados por silhares rusticados. Os dois primeiros registos são troncónicos, conferindo mais resistência. A torre é coroada por um torreão metálico, pintado a vermelho, rasgado por vidraças por onde se projecta a luz.

Castelo de Sesimbra
 "A primitiva fortificação de Sesimbra, é atribuída aos muçulmanos, mas esta região foi ocupada por diversos povos, antes da invasão árabe da península, como os romanos ou os visigodos.

No contexto da reconquista cristã da Península Ibérica e expansão do território português, D. Afonso Henriques conquistou o castelo de Sesimbra em 1165, mas voltaria a cair nas mãos dos árabes, para só em 1200, no reinado de D. Sancho I, ser definitivamente conquistado.

Este castelo foi perdendo importância ao longo dos séculos, e a povoação foi-se transferindo para a zona do porto, sobretudo a partir do desenvolvimento da construção naval, na época dos descobrimentos portugueses, época em que D. Manuel I, mandou construir junto à praia, o forte de São Valentim, que viria a ser substituído, no século XVII, após a sua ruína, pelo Forte de São Tiago.

Com a guerra da restauração da independência portuguesa, em 1648, D. João IV, mandou reparar o castelo e fazer a sua adaptação ao uso de artilharia. Classificado como Monumento Nacional, está bem conservado, apesar dos danos causados pelo terramoto de 1755, dado que já foi alvo de obras de restauro."

(Fonte:https://www.guiadacidade.pt/pt/poi-castelo-de-sesimbra-14108)

Forte de Santiago de Sesimbra
"O Forte de Santiago está situado num local de grande beleza: na lindíssima baía de Sesimbra, sobranceiro à Praia da vila, sendo também conhecido por Forte da Marinha, Forte da Praia ou Fortaleza de Santiago.

A estrutura foi edificada em 1648 como a mais importante fortificação da baía de Sesimbra, provavelmente sobre uma anterior edificação quinhentista que, por ter sido muito atacada, estava já muito destruída.
A actual estrutura foi então projectada por João Cosmander, passando a partir de 1712 a ser a sede do Governo Militar (“das Armas”) da região e também destinada a servir como residência de Verão dos infantes reais.
Sem desempenhar funções militares, em 1879 o Forte foi cedido à Guarda Fiscal e em 1886 à Alfândega, tendo mais tarde, em 1977 sido classificado como Imóvel de Interesse Público.

O Forte se Santiago apresenta planta poligonal, alongando-se em linhas abaluartadas, albergando a casa do governador ou de comando e as dependências da guarnição, a cisterna, o paiol, as masmorras e a Capela. "

(Fonte: https://www.guiadacidade.pt/pt/poi-forte-santiago-16178)

Forte de São Teodósio
Foi edificado entre 1648 e 1652 para complemento de defesa da baía de Sesimbra. Em 1755, o terramoto danificou-o, tendo sido recuperado e reutilizado no inicio do século XIX. Após as lutas liberais foi abandonado e em 1895 passou a acolher um farol.

De planta poligonal irregular, apresenta dois baluartes quadrangulares virados a Sul, que protegiam o complexo habitacional da guarnição e do paiol, uma torre de planta circular na praça de armas, que protegia a cisterna e um farol na bateria alta.

(Fonte: http://visitsesimbra.pt/?p=1283)

Castelo de Palmela
O Castelo de Palmela, tem origem árabe, com a primeira fortificação, provavelmente, edificada por volta do século IX, depois da conquista desta região aos visigodos, mas onde os testemunhos arqueológicos, apontam para uma ocupação humana desde o período neolítico. D. Afonso Henriques conquistou Palmela em 1147, mas voltaria a cair na mão dos muçulmanos e só por volta de 1190, passaria definitivamente para a posse portuguesa. D. Sancho I, mandou fazer reparações na fortaleza e doou-a à Ordem de Santiago, que fizeram de Palmela a sede da Ordem. É já no reinado de D. João I que se inicia a construção do convento onde esta ordem se instala, a partir de 1443. D. Pedro II, por volta de 1670, modernizou as suas defesas, adaptando-as ao uso de artilharia, mas as suas estruturas viriam a ser seriamente danificadas com o terramoto de 1755.  Este acontecimento e a extinção das ordens religioas, lançou esta fortaleza no abandono, até à sua classificação como Monumento Nacional e à execução de obras de restauro iniciadas em 1945, que também recuperaram o antigo convento, onde funciona uma pousada.


(Fonte https://www.guiadacidade.pt/pt/poi-castelo-de-palmela-13983)


Forte de São Filipe de Setúbal
O Forte de São Filipe foi construído durante a ocupação espanhola, com início em 1582, no reinado de Filipe I, como forma de reforçar a defesa de Setúbal contra a pirataria, que já desde o reinado de D. Afonso IV, era preocupação, e este rei iniciou por volta de 1350, a construção das primeiras defesas da cidade.

Com a restauração da independência, em 1640, D. João IV manda ampliar as defesas e a sua adaptação ao uso de artilharia. No século XIX um incêndio destruiu a casa do comando. 
Já no século XX, classificado como Monumento Nacional, a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, fez obras de restauro e o forte foi adaptado para funcionar como pousada.

 No interior do forte, além da antiga casa do governador, agora pousada, existe também uma capela com a particularidade de ser totalmente revestida de azulejos, de Policarpo de Oliveira Bernardes.